Biochip: uma das opções de Introdução à Pesquisa – ART1858

O Biochip é um grupo aberto de estudo, pesquisa e desenho que investiga as cores e a recuperação das informações presentes nos modelos vivos: hortaliças, sementes e frutos. A pesquisa Biochip encontra ressonância e analogia com a prática da Agricultura Ecológica em relação à Terra. As sementes, hortaliças e frutos crus, como são encontrados na natureza, são concentrados vivos de informações armazenadas – “biochip”.

Reconhecendo que essas informações podem ser decodificadas a partir do contato direto com os modelos vivos e que as cores geradas pela vida da Terra recuperam no nosso corpo informações matrísticas, isto é, relacionadas diretamente com a nossa origem enquanto mamíferos, foi organizada a proposta do Biochip que busca uma revitalização da relação humana com a natureza viva.

Aos participantes da pesquisa são propostas experiências estéticas com esses modelos, a partir de investigações relacionadas com a forma, cor e sabor, que culminam na produção e ingestão de desenhos vivos. Cada participante, a partir do contato com a terra, com os modelos vivos e com os processos de coleta, lavagem e investigação das possibilidades formais que cada modelo desperta, organiza composições individuais com a matéria viva sobre suportes planos.

Os materiais para o Desenho de Investigação podem ser rabanetes, cenouras, beterrabas, brócolis, quiabos, couve, tomates, etc. Os alimentos vivos, considerados como pigmentos para as composições, são coletados em hortas de cultivo orgânico onde acontecem as atividades do Biochip.

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As estruturas de bambu e tecido dos Laboratórios Itinerantes de Pesquisa do Aprendizado com Modelos Vivos

Para promover a dinâmica desejada a essa aprendizagem foi construído os Laboratórios Itinerantes de Pesquisa do Aprendizado com Modelos Vivos 1 e 2. Constituídos por estruturas auto-tensionada de bambu e tecido, sem fundações, com um mínimo de obstáculos entre o interior e o exterior com a intenção de promover a liberdade e a permeabilidade com o entorno. Nesse espaço são estimuladas metodologias e técnicas envolvidas no processamento com materiais vivos, aqueles que são encontrados na natureza, prontos para o uso, tais como bambu, argilas e sementes.

O Biochip faz parte das atividades desenvolvidas no LILD – Laboratório de Investigação em Living Design do DAD. As idéias expostas se orientaram em conhecimentos gerados por estudiosos como: Norman Emersom, Lyall Watson, Rupert Sheldrake, Ann Wigmore, Nise da Silveira, Humberto Maturana, Lutzemberger, Nasser, entre outros.

Ana Branco possui graduação em Desenho Industrial (1976) e Comunicação Visual (1975) pela PUC-Rio.

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