Projetos de alunos do DAD participam do Voto Popular no Brasil Design Awards
O Brasil Design Award selecionou projetos que estão participando da votação popular on-line, a PUC-Rio possui 32 projetos na categoria Design Impacto Positivo – Estudante. A votação está aberta para o público até o dia 25 de outubro.
Andorinha, animação da aluna Clara Braem Falquer da Silva, orientado pelos professores Marcelo Pereira, Maria das Graças Chagas, Claudia Bolshaw e João Bonelli, é um curta metragem de animação que trata do universo infantil e dos desafios passados por uma pequena garotinha após a partida de sua mãe.
ARTEMIS, projeto da aluna Tatiana Japur Scisinio Dias, orientado pelas professoras Tatiana Rybalowski, Isabel Martins Moreira, é uma coleção de moda urbana, criada com o objetivo de proporcionar mais visibilidade e inclusão à mulheres no esporte. Segundo pesquisas, na lista dos 100 atletas mais bem pagos do mundo apenas uma mulher aparece, a tenista Serena Williams, que frequentemente é comparada à homens por sua aparência física e maneira de jogar. Artemis é a deusa grega da caça, a coleção recebe esse nome pois a caça é uma das primeiras atividades esportivas da história e é representada por uma mulher. Da mesma forma, cada peça da coleção foi batizada com o nome de mulheres atletas de diferentes esportes. A inspiração para a criação dos modelos vem das quadras e dos uniformes, resultando no uso do neoprene, da microfibra e do corte à laser.
Auria – Aparelhos auditivos, projeto desenvolvido pelas alunas Helena de Lima Montero Rodriguez, Lucyana Mattos Vieira e Rafaela Kindel da Silva, orientado pelo professor Augusto Seibel, é um modelo original de aparelhos auditivos para o público adolescente.
Banco Cogu e Mesa Compasso, dos alunos Gabriel Capobianco Villa Nova Diniz e Nathan Bennesby, orientado pelo professor Felipe Rangel, é um conjunto de mobiliário infantil, desenvolvido para o ambiente escolar. O objetivo do projeto é ser um mobiliário lúdico, que promova dinâmicas colaborativas, estimule a movimentação e arranjos diversos, adaptando-se às necessidades da maior variedade possível de atividades.
Bonde da Gambiarra, projeto da aluna Ilana Santos Guilland, orientado pelo professor Felipe Rangel, é uma iniciativa que adota metodologia de design baseada no conceito de gambiarra como abordagem de educação tecnológica para o ensino fundamental. O desenvolvimento do projeto, que tem foco no processo, partiu da pesquisa do contexto da “Diversidade Étnica e Representação Feminina Negra na Tecnologia” e corresponde a uma solução a partir do objetivo de gerar metodologia de educação tecnológica baseada em vivências periféricas, por meio da valorização da cultura de favela.
Café digital, da aluna Victoria Rodrigues Machado Bastos, orientado pela professora Vera Damazio, teve como propósito desenvolver um serviço intergeracional (entre jovens universitários e adultos maiores de 60 anos) para a facilitação da relação do público sênior com a tecnologia cotidiana. O Café Digital fará parte do PUC-Rio Mais de 50 (programa de educação continuada voltado para o envelhecimento ativo) e acontecerá a partir de encontros presenciais no campus da universidade, com atendimentos particulares, nos quais os mais novos ajudarão os mais velhos a aprender mais sobre seus smartphones e principais aplicativos, auxiliando-os a usufruir de seus benefícios. Ferramentas do Design de Serviço foram usadas para a elaboração e visualização do funcionamento do Café Digital. Foi desenvolvida uma identidade visual e aplicações em peças de comunicação.
CARNAVÁ: folia e resistência em tempos de desânimo, projeto da aluna Carolina de Barros Costa, orientado pela professora Julieta Sobral, consiste em uma série de estandartes inspirados em sambas populares que retratam diferentes causas políticas e têm como objetivo resgatar a herança do carnaval como um espaço de luta e resistência. Seu nome faz referência direta a festa, sua alegria e espontaneidade, unido a ideia de seguir em frente, expressar ideias, abraçar causas e, principalmente, resistir junto em tempos de tanta desesperança e negatividade. O estandarte é uma síntese desses movimentos e quando carregado pelas mãos do folião se torna sua marca, seu recado na história. Assim, tratando de memórias e representações visuais do carnaval carioca, o projeto relaciona a materialidade e o contexto histórico vinculados ao estandarte com manifestações políticas que permeiam a sociedade brasileira ontem e hoje.
Cicatrizes que contam histórias, da aluna Isabella Guida, orientado pelos professores Izabel de Oliveira e Carlos Eduardo Felix da Costa, é uma publicação com depoimentos de pessoas com cicatrizes e histórias de personagens excluídos socialmente por suas características estéticas. O principal elo das narrativas com os depoimentos são as palavras. Foi feito um trabalho de colagens literária, isto é, destacaram-se palavras dos depoimentos das pessoas com cicatrizes, os quais também aparecem nas histórias ficcionais. Foram associados colagens, bordados e fotos, com o intuito de ilustrar a narrativa criada.
CIPÓ – Mobiliário Sustentável, da aluna Beatriz Britto Ferreira de Carvalho, orientado pelos professores Felipe Rangel, Gabriella Vaccari, Augusto Seibel e Claudia Kayat, é um mobiliário planejado conforme conceitos relacionados à conservação dos recursos naturais. Sofá confeccionado com madeira alternativa certificada, revestido com espuma 100% sustentável e produzido com mão de obra adequada. Produto durável, devido à possibilidade de troca de peças, estofados e encaixes. A modularidade do sofá é adequada a diversos usos, necessidades e espaços, proporcionando maior criatividade e liberdade de configurações do ambiente.
Coleta, desenvolvido pela aluna Giovanna Chan Leone, orientado pelo professor Augusto Seibel, propõe um sistema de coleta de resíduos sólidos em edifícios no Rio de Janeiro. Com rotas feitas diariamente pela coleta de dados de recipientes inteligentes de pesagem e compilação de dados.
conta.fios, das aulas Giovana Romano, Giulia Calbucci e Mariana Maurity, orientado pelos professores Daniel Malaguti, Fabio Lopez e Luciana Barbosa, tem como ponto de partida a necessidade de uma mudança no modelo de produção e consumo da indústria têxtil, incompatível com a disponibilidade de recursos no planeta. Conta.fios é uma empresa de certificação de marcas de moda, que analisa seus processos de produção tornando possível não só a documentação desse processo, mas também a comunicação dele, traduzindo as informações apuradas para uma linguagem acessível aos consumidores. O projeto certifica as marcas de acordo com a quantidade e qualidade de suas práticas e impactos socioambientais, expondo ao público de maneira clara como cada marca colabora ou não com a sustentabilidade. Como resultado espera-se trazer mais informação e transparência no ato de consumo e produção têxtil.
Conterrâneos, da aluna Vivian Lina Chou Pan, orientado pelo professor Fabio Lopez, é uma experimentação visual que contempla a identidade do Acre e seu significado. Um site experimental que propõe conhecer o Acre pela interpretação da sua relação com seus moradores. Contudo, como é possível o brasileiro entender a identidade acreana se não pode ser imaginada por eles? Ainda hoje com todo acesso que temos a informação, o estado do Acre, e outros estado do norte e centro oeste, não fazem parte do imaginário nacional. Eu tive a oportunidade de viver nesses dois Brasis, e percebo que distância entre eles vai muito além de algo físico. Nesse projeto é possível conhecer outra parte do seu país, pelos olhos de quem é de lá. Espero que ele possa ser uma ponte entre o sudeste do Brasil e outras regiões menos conhecidas nos meios mainstream como o estado do Acre.
Dia Azul, dos alunos Carmem Jeovana Ferreira dos Santos e Igor Lazaroni, orientado pelos professores Marcelo Pereira e Maria das Graças Chagas, é um jogo digital educativo para smartphones que tem o objetivo de auxiliar no aprendizado da criança com autismo por meio de atividades lúdicas.
Eu, Tu, Eles, projeto da aluna Olivia Lodi Dias, orientado pelas professoras Isabel Martins Moreira, Joana Pessoa e Priscila Andrade, coleção de roupas femininas é um recorte da identidade e da cultura brasileira – os nossos solos, representados por meio de técnicas artesanais de tingimento natural e tratamento de superfícies têxteis. As peças foram inteiramente confeccionadas em casa durante a pandemia do Coronavírus. O resultado revela uma brasilidade reconhecível por suas formas, texturas, pigmentos e as cores de nossas terras e raízes.
Glissé- Sapatilha de Ballet, da aluna Luisa Roquette-Pinto Serzedello Machado, orientado pelos professores Augusto Seibel, Claudia Kayat, Felipe Rangel e Gabriella Vaccari, tem o objetivo de postergar o sofrimento de meninas de 8 a 12 anos, por meio de melhorias ergonômicas, assim evitando a desistência do esporte.
K.co – Reaproveitamento de peças de cerâmica, dos alunos Antonio Mourão, Carolina Farah e Maria Fernanda Vida, orientado pelo professor Daniel Malaguti, o projeto se refere a uma família de três cobogós que foram produzidos a partir de uma massa que mistura restos de cerâmica na etapa de biscoito com barro novo.
Kinae, do aluno Augusto dos Santos Pereira, orientado pelo professor João Bonelli, é uma instalação interativa que explora os sentidos humanos em experiências virtuais imersivas. Na instalação, objetos físicos são manipulados pelo usuário em um ambiente de Realidade Virtual, estimulando a relação entre os mundos físico e digital.
M.A.P., projeto da aluna Lia Moreira Astudillo Poblete, orientado pela professora Luiza Marcier, tem a intenção de promover uma reflexão sobre uma das principais formas de expressar nossa individualidade – as roupas – e propor práticas para fortalecer o nosso vínculo com elas, buscando tornar os objetos de moda menos efêmeros. Para isso, desenvolve uma coleção que utiliza o princípio de ressignificação. Partindo da manipulação e restauro de objetos de material têxtil que pertenceram aos meus familiares, foram criadas peças de vestuário originais, dando nova perspectiva e novos usos para esses objetos. Fruto de famílias de imigrantes portugueses e chilenos, no processo do projeto, pude mapear minha própria história e conhecer mais a fundo a história dos meus antepassados. O projeto M.A.P. foi nomeado assim a partir das iniciais dos meus nomes: Moreira, Astudillo e Poblete
Mulheres fazem história, da aluna Viviane Martins Maciel, orientado pelos professores Fabio Lopez, Evelyn Grumach e Luiz Ludwig, é um projeto editorial literário. Trata-se de uma coletânea de contos de escritoras de diferentes fases da literatura brasileira, retratando o amadurecimento da posição social da mulher ao longo do tempo. O foco é no feminino em todos os aspectos: como personagem, autora, e leitora do mundo por meio do conto. Formando assim, uma identidade da mulher brasileira que quebra todo os estereótipos. Além da edição do conteúdo, o livro é ilustrado com colagens autorais que representam as fases da literatura. A linguagem gráfica do projeto foi desenvolvida a partir dos conceitos de feminismo, história e brasilidade. Mantendo uma atitude crítica quanto a desigualdade de gênero no Brasil, e uma valorização da mulher como criadora de uma produção intelectual e artística.
O Design Vincular e a Cadeira de cuidar, do aluno Luiz Eduardo Nunes de Miranda Rayol, orientado pelo professor Augusto Seibel, se apresentam como par ideológico e figurativo que busca contribuir para um mundo habitado por pessoas mais críticas a respeito de suas escolhas de consumo e sobre o real valor do que possuem.
Olhe, compra e come, da aluna Bruna Siles Millman, orientado pela professoras Izabel Maria de Oliveira e Clarissa Biolchini, foi um projeto que questionou a persuasão do Marketing em supermercados, levando em consideração que todos somos consumidores. O projeto tinha como proposta: criticar, demonstrar e ironizar técnicas “ocultas” em layout de supermercados que persuadem e influenciam as compras. O objetivo era gerar consumidores menos robotizados e mais conscientes, informando, conscientizando e despertando, aspectos de Design Ativista e do Marketing de Guerrilha. O produto final foi uma exposição interativa, trazendo o ambiente de um supermercado minimalista, por meio de suas embalagens interativas, os produtos se comunicavam diretamente com o consumidor. 71% dos espectadores da exposição alegaram que nunca mais olharão supermercados da mesma forma.
POANG – Projeto Antigrooming, dos alunos Carolina Esteves Paulino, Mariana Furtado Dias e Pierre Melonio Leite, orientado pelos professores Felipe Rangel e Claudia Kayat, é um website contendo informações acerca do grooming online.
PRLÁ TCHUM TCHUM, projeto da aluna Alice Lassance de Oliveira Biolchini, orientado pela professora Izabel de Oliveira, é uma instalação imersiva itinerante que propicia um ambiente sensorial afetivo do Carnaval de rua, ressaltando sua importância na união da coletividade social. Percussão no vídeo projetado no chão e em todas as superfícies, instrumentos que vibram ao toque e adereços texturizados vestíveis permitem incluir todos na vivência da vibração contagiante, também por pessoas portadoras de deficiência trazendo impacto social. Desperta consciência e ensina o reuso de materiais descartáveis, multiplicando o impacto ambiental e estimulando geração de renda. Como local gerador de cultura, impacta beneficamente a economia da cidade.
Projeto Floema, dos alunos Claudia Tatiele de Oliveira Ferreira, Beatriz do Valle Monken, Leonardo Freitas veiga de Castro e Débora Kozlowski Pitombeira Reis, orientado pelos professores Irina Aragão e Augusto Seibel, é um sistema modular de suportes para o cultivo de plantas em apartamentos de grandes centros urbanos com o uso de LED, de forma que a falta de luz natural deixa de ser um fator que impossibilita a experiência da jardinagem entre quatro paredes.
Redesign do conjunto de sela de salto inglesa, da aluna Rafaela Luchesi de Oliveira Xavier, orientado pelo professor Augusto Seibel, busca trazer mais proteção, conforto e ventilação ao dorso do cavalo e conforto à amazona ou cavaleiro, abolindo o uso de couro e outros materiais de origem animal.
REORIENTE, projeto do aluno Nelson Santana Pinto de Carvalho, orientado pelo professor João Bonelli, é um evento de projeção mapeada sobre a fachada do antigo Cine Oriente, localizado em Olaria, no Rio de Janeiro.
REVEL, dos alunos Lucas Ximenes de Brito, Julia Fragale Pastuasiak, Mariana Moxotó Falcão e Lucas Aragão dos Santos, orientado pelas professoras Priscila Andrade, Flávia Nizia e Fabiana Prado, tem como contexto os descartes da indústria alimentícia de atacado. A insuficiência das ações de reciclagem de tais sobras é uma realidade, portanto, enxergamos esse cenário como um problema ambiental, apresentando uma oportunidade de projeto. Tem-se como propósito a ressignificação de embalagens de uso único, os sacos de PEAD, para venda de alimentos no atacado, transformando-as em bolsas para o mercado da moda; a fim de movimentar a economia circular. Desta forma, exploramos o design regenerativo e modificamos a forma de olharmos para materiais considerados até então como “lixo”. Como produtos finais, tem-se, nesse primeiro momento, duas bolsas de ombro e duas pochetes.
Revolta da Vacina, dos alunos Felipe Rabaça Panichi Vieira, Leonardo Antunes Soares, Lucas Araujo Alves, Paula Alverga-Wyler Merce, orientado pelos professores Marcelo F. Pereira e Guilherme de Almeida Xavier, é um jogo de tabuleiro que se passa em 1904 durante a Reforma Passos e traz elementos históricos, prédios e monumentos do centro do Rio do Janeiro para perto do jogador.
Sejamos Todos Feministas – uma edição ilustrada, da aluna Clara Candelot Mourão, orientado pelos professores Evelyn Grumach, Fabio Lopez e Luiz Ludwig, a partir do livro da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, foi desenvolvida uma edição ilustrada, para o público foco de pré adolescentes (a partir de 12 anos). O texto da autora foi utilizado em versão resumida, para facilitar o entendimento do público sobre o assunto. Os trechos se articulam a ilustrações ao longo de todo o livro, que tem 44 páginas. Além disso, foi desenvolvida uma tipografia especialmente para o projeto. O livro reúne, além do texto original, um resumo sobre a vida da autora e pequenos trechos que explicam sobre a vida de ícones feministas citados ao longo do livro. O objetivo do projeto é causar uma reflexão nos leitores, de forma que os leve a desconstruir estereótipos sobre o feminismo e a questionar a cultura machista em que vivemos.
Timeline da ephemera ao big data, da aluna Alice Lerner Garcia, orientado pelos professores Luiz Ludwig, Izabel Oliveira e Fabio Lopes, é um site que usa interações corriqueiras da internet como fazer login, postar fotos e comprar produtos, para propor questões relacionadas ao uso de dados pessoais e a forma como a cultura digital vem alterando a construção da nossa subjetividade. As interações trazem pílulas questionadoras que apoiam-se na hibridização dos conceitos guardar e compartilhar para narrar o percurso entre as ephemeras e o Big Data e, com ele, questionar a responsabilidade do design na mediação do “usuário” com a sua nova gaveta de recordações.
Voice, dos alunos Leonardo Jarlicht e Marcela Athayde, orientado pelos professores Daniel Malaguti e Celso Santos, é um sistema interativo que potencializa a vivência da sexualidade de uma forma integrativa, englobando os campos emocional, afetivo e sensorial.
Zelo, projeto dos alunos Gabriella Marques Cantanhede e Matheus Marques da Silva, orientado pelos professores Daniel Malaguti, Fabio Lopez e Luciana Barbosa, é um sistema que visa unir a comunidade local para construção, instalação e mapeamento de bebedouros para animais, através de um aplicativo que auxilia em todo o processo, permitindo que o usuário encontre protetores para colaborar com seu trabalho.